Clandestino

Destacado

Sou o cavalo de Troia, oco em forças com seus clandestinos no intimo.
O jogo de tramas que comecei com Mary.
Um passarinho caiu do ninho,
sem as penas e sem o bico,
a mercê do tempo indagou:
“Só se e incapaz quando não ousa. O forçar uma resposta já o capacita.”
Ela passeia com as mãos pelo meu corpo até a cintura,
afirma não ousar além pra não sujar teu corpo santo.
Um santo degenerado? Penso em resposta.
Jogados feito trapos lembro-me da esfera que não parava na haste.
O piercing da tua boca.
Lembro-me dos desabafos
Da sua lista de namorados.
Engana-se, não trocávamos carinhos.
cumpríamos o lema.
“Era só carência.”
Na manha as frases de negação, pedindo á amnésia.
Maldito Leonard Shelby, se eu pudesse escolher não ter estórias.
Cantigas de mal.
Cantigas de bem.
Do bem dizer,ao mal dito.
Que o dragão onipotente que derrubei das nuvens
Abriu-me os dentes pra dizer adeus.
"Ela não te ama!"
"Ela não te ama!"
"Porque se martiriza tanto?"
E eu respondo em sentença dolosa que decretei a mim.
“Terei a ti com súplica a carência”.
Se eu ousasse teria êxito?
O teu prazer em carne a qual nunca me deu teus arrepios.
Feito a uma criança altista que nunca mira os olhos.
Outra vez o trevo.
Outra vez o álcool que não bebo.
E o tédio que sempre reúne sofredores indefesos.
Ele tem um coração gigante e suicida.
E de tanto que o odiamos o fizemos um mito,
pichado nas ruas mineiras,
Pequeno jovem errante e o teu gigante escudeiro.
Que rabiscavam folhas e muros
com escritos, desenhos e anseios.